O grande buraco que ferve, onde o Mato é Grosso, Brazil

domingo, 16 de outubro de 2016

recomeço

Como o título diz, pretendo fazer desse post um recomeço. Um recomeço onde já me encontro travando. Ponto. E serão vários pontos finais, eu acredito. Mas a clichezada diz que para novos recomeços é preciso que você coloque pontos finais em algumas várias coisas e é bem isso que eu preciso, ou até mesmo devo fazer.

Acho que tudo se baseia em crescer. Até agora escrevi no mesmo tom que a garota de 13 anos escrevia aqui. Eu não tenho mais 13 anos. Vai soar velho e melodramático, mas agora carrego nas costas 21 anos de vários arrependimentos, desilusões, nadas e algumas coisas bonitas que a vida deixou. BEM melodramática. Amo.

Gostaria de vos falar que sou louca da cabeça, precisamos de honestidade já que eu pretendo levar esse blog a sério a partir de hoje pra ver se existem benefícios em relação a minha saúde mental.
Há pouco tempo atrás eu estava alucinada em busca de um blog que eu li por muito tempo quando mais nova e que eu simplesmente nunca consegui esquecer dele e principalmente de uma postagem que era mais ou menos uma poesia, eu acho, chamava "bilhete azul" e eu jurava ter colado ele no blog, mas quando fui procurar aqui não achei de jeito nenhum e a antiga página que tinha essa postagem tava bloqueada e eu fiquei muito triste, muito triste mesmo. Tava quase chorando quando por um milagre fui olhar nos meus favoritos. Já estava meio sem esperança de achar, mas vi um segundo blog da autora e fiquei tão emocionada, ansiosa, sei lá, que quando comecei a ler não conseguia prestar atenção em nada devido a emoção. E sério, real comecei a ter uma crise louca de ansiedade. Tive que respirar várias vezes, levantar, tomar água, tomar um banho e só depois de tudo isso consegui ficar mais calma. Nem era pra eu estar acordada agora, era pra estar dormindo bonitinha na cama, pois os planos pra segunda-feira se baseavam em acordar muito cedo, tipo umas seis fucking horas da manhã, fazer um café da manhã top e ir pra academia. Mas como boa procrastinadora que eu sou me auto-sabotei.
Coisas que vieram a cabeça:

1- "você não montou seu treino devidamente, devia ter pesquisado mais sobre ele"
2- "poxa, mas eu queria ficar mais tempo lendo o blog da Raquel já que eu finalmente achei ele"
3- "eu tô precisando, escrever, desabafar, tentar reativar o blog, sei lá, eu preciso disso, né?"

Acho que escrever é bom pro autoconhecimento. Desculpa ser óbvia assim. É incrível como eu peço desculpas até no meu próprio blog, pra mim mesma. Eu preciso parar com isso e eu sei disso.

Objetivo:

1- me conhecer mais a partir das coisas que eu escrevo
2- conseguia manter uma linha de raciocínio, mas se não der tudo bem também (mentira, vamos melhorar isso)
3- conseguir me expressar mais
4- não me sentir tão lixo comigo mesma
5- tentar escrever sobre as reflexões e as nóias que eu tenho e buscar a solução ou pelo menos lidar com elas de forma racional e sensata
6- ser honesta e sincera comigo mesma e ser sincera com esse blog
7- não ter vergonha de dizer nada e se alguém por acaso ler tudo que você escreveu e achar ruim, mandar a pessoa tomar no cu, porque ela não tinha nem que ter parado nessa página
8- gostar mais de mim mesma e ver que sim, eu posso ser uma pessoa legal e interessante do meu jeitinho nada a ver de ser

De vez em quando, quase basicamente sempre, eu tenho achado que nenhum ser humano nesse mundo seria capaz de desenvolver sentimentos sinceros e genuínos pela minha pessoa. Digo isso porque eu, obviamente, mais que ninguém, convivo comigo e sei bem dos meus defeitos e sei bem quem eu sou. Sem querer me autodepreciar - porque esse é o contrário do que deveria fazer aqui - eu realmente não tenho tido muito orgulho da pessoa que sou. Acho que não tem nada de errado em admitir isso, porque significa que sei que eu preciso melhorar em vários aspectos, e é verdade, preciso mesmo. Sendo sincera como o prometido e como já citei antes, várias vezes durante vários dias em anos diferentes nesse blog, eu realmente não tenho feito nada pra mudar. Falta atitude em mim, eu sei. Mas agora, como esse é um recomeço e acho que todo mundo talvez mereça um, eu vou me esforçar pra mudar.

como vocês perceberam eu me perdi legal no meio da minha explicação

Uma variedade de inseguranças cresce todos os dias. É como se existissem duas Vitórias. A que eu conheço e a que os outros conhecem, é como se as duas se odiassem. A Vitória que os outros conhecem enxerga a Vitória que eu sou de forma totalmente distorcida. Acredito que eu só possa dar a versão de mim mesma, mas ela não é boa.
Pontos ruins:
1- ansiedade
2- se enrola ao falar
3- fica muito nervosa
4- não consegue cumprir as próprias metas
5- é meio burra
6- demora muito tempo pra entender as coisas por conta da ansiedade
7- não se acha bonita, apesar de estar dentro de um padrão aceitável de beleza
8- nariz grande e estranho
9- poros muito dilatados, vários cravos
10- cabelo indefinido
11- às vezes não consegue fazer nada de útil e interessante pra si mesma
12- quer ajudar, mas só atrapalha
13- leva tudo muito a sério
14- é certinha demais às vezes
15- é muito chata
chega, essa lista não faz muito sentido

Pontos positivos:
1- sei que eu sou carinhosa e realmente estou sempre disposta a ajudar
2- tento ser sempre educada com todo mundo
3- gosto do meu gosto musical. Eu já tive muita vergonha dele antes, principalmente quando eu era criança
4- eu gosto dos meus interesses

Acabei de notar que eu nunca tentei pensar positivamente sobre mim antes, por isso a lista é tão curta comparada aos aspectos negativos. Já li que é muito mais fácil a gente se afundar na merda do que tentar sair dela.

Preciso só de mais calma. Respirar direito. Eu não respiro direito, agora mesmo meio que estou prendendo a respiração.
Preciso saber que é preciso ter calma, que eu vou dar conta. A ansiedade me atrapalha muito, eu nem tinha notado o quanto ela atrapalhava antes. Me atrapalha numa conversa boba, na minha aula preferida, na hora de contar moedinha. E é tão estranho... porque está dentro do meu controle, mas ao mesmo tempo é como se fosse um controle invisível, perdido no meio de vários sofás. Eu quero muito conseguir viver sem ela um dia e ver como vai ser.

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