O grande buraco que ferve, onde o Mato é Grosso, Brazil

sábado, 17 de agosto de 2013

LISTA DE PRESENTES (faço isso porque eu sou linda e mereço):

Ciente de que eu não vou ganhar nem metade do que eu quero, porque as pessoas têm a tendência a ignorar o que eu peço. Normalmente eu costumo pedir livros e elas falam "MAS LIVRO NÃO É PRESENTE, PEDE OUTRA COISA", aí que eu insisto em querer realmente isso e elas sempre acabam me dando roupas. Essa é a minha vida, mas né, a esperança é a última que morre (cara, quem que disse isso?)

Começando com:

- O Livro do Amor - Vol. 1, Regina Lins. - Esse livro parece ser muito interessante porque ele aborda as noções ocidentais sobre o amor. E acho que entender as pessoas e todos seus sentimentos é algo que realmente me interessa e me faz pensar muito, principalmente se esse sentimento - que as vezes eu julgo não existir - for o amor. Esse começa na Pré-história e vai até a renascença. 
- O Livro do Amor - Vol. 2 - que vai do Ilumismo à atualidade. 
- Box Calvin e Haroldo - Continua na fiel tentativa de algum dia ganhar de alguém esse box...
- 1984, George Orwell
- Olhos de Cão Azul, Gabriel García Márquez
- Eu quero todos os livros possíveis da Hilda Hilst/Bukowski/Gabriel García Márquez, mas me contento com um.
(chegando a conclusão que eu realmente preciso começar a anotar todos os livros que eu quero, porque chega na hora e eu simplesmente não consigo pensar em nenhum)
- O mundo de Sofia, Jostein Gaarden - estou com esse livro em casa, porém ele é da biblioteca do colégio e eu não vou devolver tão cedo, porque eu quero terminar de ler, ou começar a lê-lo novamente E EU PROVAVELMENTE JÁ ESTOU BLOQUEADA PELO RESTO DA VIDA NESSA BIBLIOTECA.
- O pequeno príncipe, Antoine Saint Exupéri - Então, esse livro eu li quando era pré-adolescente, ou quase entrando na pré-adolescência e eu achei ele muito bonito, só que eu gostaria de saber como eu me sentiria lendo agora e o que eu acharia.

Esses dias eu tava pensando sobre esse negócio de reler livros... Acho que é interessante, sabe? Como diria Heráclito, "tudo fluí", tudo muda e tudo está em movimento e nada dura pra sempre. Por essa razão "não podemos entrar duas vezes no mesmo rio". Isto porque quando entro pela segunda vez no rio, tanto eu quanto ele já estamos mudados." E acho que é possível estabelecer uma relação assim com o livro. Não que o livro vá mudar, obviamente, mas como a gente muda o tempo todo, muda de pensamento, de opinião, conceito e etc, toda vez que relermos um livro pode ser que tenhamos uma visão diferente dele e isso seria muito bom pela razão de "adquirir" certo conhecimento com várias visões diferentes (não é bem isso que eu quero dizer, mas ok, é quase por aí). Tipo, o que eu quero dizer é que a gente aprenderia de novo, de uma forma diferente da anterior, com outra visão, com uma outra cabeça, sei lá. Esse é um dos motivos pelos quais eu também quero reler O mundo de Sofia. Foi exatamente esse livro que me deu vontade de voltar a escrever e eu posso dizer que ele me deu principalmente coragem. Ele me fez pensar muito, me fez ter certeza, ganhei vontades (algumas bem doidas inclusive) e é isso. É uma delícia encontrar um livro assim. Eu to meio encorajada a falar sobre o que eu penso, escrever e tals e isso é MUITO BOM, porque eu me sinto muito melhor quando eu consigo exprimir toda essa coisa e vontade que eu tenho em mim, principalmente porque eu tenho uma dificuldade GIGANTESCA de me expressar e isso me atrapalha demais. É bom organizar os pensamentos.

- Kit máscara branca/massageador/escova facial  (Body Store) - porque eu sou mulherzinha mesmo, adoro essas coisas.

Não consigo mais pensar em nada. Queria dinheiro, muito dinheiro, muahahaha -n. Não, mas sério, queria dinheiro pra comprar aqueles livros de bolso e tals.

- UMA GRAMÁTICA!!!!!!!!!!!! POR FAVOR!!!! Do Bechara de preferência.

Voltando aqui pra dizer que:
- eu quero tintas, muitas tinta, muitasmuitas muitas muita msijitmasmimujitas muitas MUITAS tintas, pincéis - eu quero pintar e escrever coisas na minha parede
- eu quero lápis de cor, com o máximo de cores possíveis
- O apanhador no campo de centeio, J. D. Salinger - que eu já li, mas peguei emprestado, portanto eu quero UM PRA MIM PRA CHAMAR DE MEU!!!!

QUERO TUDO.


sexta-feira, 16 de agosto de 2013

" [...] Minha pele está entranhada pelo teu cheiro
caudalosamente banhada por tua língua
que sucumbe a cada investida,
revestida por teu suor
que impregna minha alma… [...]"



"A vida só é tolerável pelo grau de mistificação que se coloca nela"

- Emil Cioran

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

?

"Se alguém fizesse um acordo em que te contaria toda a verdade sobre a vida, o universo e tudo o mais, porém te mataria depois, você toparia?"

Madrugada, Subway Fernando Correia.

O João acabou de tuitar isso e eu lembrei que estava pensando sobre esse dia/essa pergunta muito frequentemente.
Acho que se não houvesse a parte de morrer, eu preferiria não saber. Vendo uns vídeos e pensando em várias coisas eu meio que percebi que as perguntas realmente são mais importantes que as respostas. Tipo, se um dia descobrissem TUDO... E aí? ... Um infinito de reticências. As vezes eu acho que a gente só está aqui por causa de todas as respostas que a gente não sabe. O que os cientistas fariam? Eu adoro me perguntar sobre as coisas e tentar pensar em um milhão de respostas. É gostoso. É REALMENTE MUITO GOSTOSO, AAAAAHHHH QUE DELÍCIA, QUE DELÍCIAAAAAA!!!!!!!!!!! (entendedores entenderão)


Enfim, isso me fez lembrar da entrevista que fizeram com um dos diretores da Escola da Ponte (José Pacheco, hoje em dia ele não é mais diretor de lá) e eu adorei ele contando sobre o dia em que uma garotinha perguntou pra ele sobre os seres vivos:
- É verdade que um ser vivo é tudo aquilo que nasce, cresce, se reproduz e morre?
Então ele disse que quase abraçou ela falando "oras, mas nem te ensinei isso ainda e você já aprendeu!", mas ele não o fez, porque na hora lembrou de Piaget, aprender e desaprender e resolveu questioná-la) Mas por que está a me perguntar sobre isso? Que que você acha?
- Eu não acho isso não!
Ele se espanta e fala que passou a vida inteira colocando no quadro que ser vivo era isso, isso e isso. Ele pergunta por que ela acha isso.
- Olha só, professor, eu tenho esse relógio, né? Nesse relógio tem a bateria que faz andar o relógio e nessa bateria tem uma pedrinha, um cristal de quartzo... É que nós estamos estudando os cristais.
- Certo, mas onde você quer chegar com isso?
- No livro diz que as pedras são seres não vivos, mas repare, o cristal de quartzo nasceu e existe. Nós fomos ao museu de mineralogia e lá eu vi um cristal bem grande, que cresceu e tinham outros cristais na ponta, os filhinhos! O cristal nasceu, cresceu, se reproduziu. E agora repare, quando o relógio parar, quer dizer que o cristal morreu! Então ele nasceu, cresceu, reproduziu-se e morreu! Ele é um ser vivo! E se o ser vivo é um ser que nasce, cresce, se reproduz e morre então eu e você não somos.
(nesse momento ele já tá louco, com nó no cérebro)
- Ué, por que não?
- Por exemplo eu, ainda não me reproduzi e não morri. Então eu sou meio ser vivo?

(Eis que o diálogo foi mais ou menos assim)

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Fala sério, isso não é LINDO? Talvez não tenha muita conexão com o começo do que comecei a escrever, mas acabei relacionando de alguma forma.

Se obtivéssemos todas as respostas o mundo deixaria de fazer perguntas como essa, por exemplo. Talvez seja absolutamente idiota eu achar isso bonito, mas pra mim faz um sentido tão grande que sei lá. Acho que pode ter a ver com alguma questão de liberdade. A liberdade de se questionar sobre as coisas. Não saber de tudo faz com que surjam suposições e diversas verdades. Acho que a possibilidade de obter diferentes respostas é o que eu mais gosto nas perguntas.


Aqui tá a entrevista: http://www.youtube.com/watch?v=y5TKyfSqj3E

domingo, 11 de agosto de 2013

tentei

Disritmei neologicamente
Ao perceber
que o compasso havia mudado
Que a batida não acompanhava
Meu coração percursionista