O grande buraco que ferve, onde o Mato é Grosso, Brazil

domingo, 20 de março de 2022

boa parte de mim foi embora

Às vezes eu sinto que eu nunca mais vou me apaixonar de novo. Não sei, só sinto. E eu NUNCA me senti assim antes, é bem estranho. É diferente de um jeito bom e ruim ao mesmo tempo, queria conseguir explicar melhor. É como se agora eu finalmente fosse livre, talvez antes eu fosse meio que escrava do amor? 

Apesar desse sentimento, acho que me encontro numa busca incessante por ele, ou pelo menos de alguma migalha de emoção ao mesmo tempo em que acabo indo na direção contrária de tudo isso.

Acontece que eu sempre namorei, sempre estive com alguém e acho que chegou num ponto em que eu não conseguia ter mais ninguém na minha vida além de mim e sei lá, isso foi muito bom. Foi simplesmente um alívio quando enfim eu me livrei de tudo que envolve namorar alguém.

Por muito tempo eu tive péssimos relacionamentos, mas meu último relacionamento foi bem tranquilo. Às vezes fico com medo de não ter suportado a paz, mesmo tendo certeza que também não suportaria viver nenhum tipo de abuso de novo. 

Mas o que acontece é que agora eu estou vivendo apenas comigo mesma, é como se fosse uma etapa completamente diferente da minha vida. Parece absurdo dizer algo assim, eu sei, é absurdo pra mim também. Acho que eu era uma viciada em relacionamentos, sabe? Acho que eu precisava me sentir amada, ou ter pelo menos uma esperança em ser amada. No fim acredito que eu mudei muito nesses últimos anos, ainda bem, o problema é que eu tenho me sentido tão vazia, tão sem absolutamente nada a oferecer a qualquer pessoa, me sinto uma concha vazia, mais tão vazia que nem o barulho do mar imita e que ao mesmo tempo não tem silêncio dentro. É um nada tão nada, mas não é um nada no sentido de paz, é um nada no sentido de desespero. NÃO SEI! Só sei que essa sensação tem me deixado muito chateada. Talvez eu só esteja me reconhecendo e me encontrando de novo sem ter alguém comigo.

Estou num barquinho furado no meio do alto mar durante uma tempestade tentando desesperadamente remar sem remos.

É muito ruim a sensação de não se conhecer, ou se conhecer e não gostar, porém, se amar concomitantemente e sentir que não precisa de mais nenhum amor romântico pra te validar. 

Sempre vivi tanto em função dos outros que manti até meu estilo no básico por medo de desagradar. Isso parece algo fútil, mas agora eu finalmente me sinto livre pra desagradar quem eu quiser usando o que eu quiser. É muito louco isso.

E claro que ainda existe o medo de parecer ridícula de alguma forma, mas acho que eu deveria tentar, no fim as pessoas sempre vão arranjar algum motivo pra te criticar se elas quiserem. 


Ao mesmo tempo que não quero ninguém eu quero tudo, quero aventura, quero amizade, quero tudo (já disse, né?). Quero um romance que não seja um romance, mas que seja lindo e brega.


sábado, 12 de março de 2022

"Essa irmã da Juliette é uma simpatia, né?"

 Assim que o semestre acabar e o concurso passar eu definitivamente vou fazer tudo que eu me propus a fazer. EU JURO! 

Segue em anexo a lista:

  1. treinar meu cachorro
  2. treinar meu gato 
  3. ver muitos filmes
  4. fazer uma fonte de água pro meu gato e pro meu cachorro
  5. terminar o curso de finanças da nath
  6. fazer o curso de introdução a observação
  7. começar a estudar de verdade análise do comportamento
  8. estudar mais psicologia forense
  9. estudar sobre prática clínica, etc
  10. treinar flex
  11. fazer ballet
  12. pegar firme na programação 
  13. tirar mais fotos
  14. aprender gramática de verdade e fazer um curso de redação



 

 

Reflexões do dia: acho que meu medo de ser verdadeiramente autêntica tem a ver com descobrir que eu não sou nenhum pouco legal como gostaria de ser.


domingo, 6 de março de 2022

 Não quero mais 


salvar 


mundo


Já é difícil o suficiente tentar salvar a mim mesma