O grande buraco que ferve, onde o Mato é Grosso, Brazil

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Às vezes eu me pego pensando que eu quero ser alguém que é impossível ser. Não por ser difícil em si, mas por ser irreal mesmo. Por querer ser algo perfeito.
Às vezes eu paro e acho que sou toda autoconhecimento, mas não é verdade. Não sei nada sobre mim. Estou perdida congelando no espaço, sozinha no vácuo e na escuridão.
Caralho, eu não sei quem eu sou. Eu tenho VINTE QUATRO ANOS E EU NÃO SEI QUEM EU SOU.
Sim, acho que eu vivo vivendo pros outros. Por que? Porque parece bonito.
Eu sei que eu sinto um incomodo gigante em relação à vida na internet, a certos tipos de exposição, mas talvez porque seja exatamente o que eu tenho medo e queria fazer. Acho que no fundo eu quero ser admirada, mas eu preciso entender que eu não preciso ser perfeita pra isso. Eu tenho falhas, muitas. Igual todos os outros reles mortais como eu. Tudo bem não ser perfeita, porque não tem como.
Às duas da manhã abalei meu próprio mundinho.