O grande buraco que ferve, onde o Mato é Grosso, Brazil

domingo, 23 de junho de 2013

Ok.

Alguém já parou pra pensar no quanto a vida as vezes não faz o menor sentido? O que é que a gente realmente vive? E por quê tem que ser assim? Por que a gente tem que crescer, estudar, trabalhar, casar, ter filhos, se aposentar e depois, pronto, morrer?
A vida é um grande, imenso e felizmente terminável padrão. E nos é deixado claro que se você segue esse padrão você é feliz. Mas que tipo de felicidade projetada é essa? Como assim? Por que as coisas não podem endoidar de vez? Por que tudo tem que ser definido e por que as pessoas definem do jeito que definem?
Acho que a verdade sobre hoje é totalmente confusa, bizarra, argh, não sei. As vezes tudo me parece tão complicado e absurdo. Nós começam a se formar na minha cabeça por conta dessas coisas.
Tudo parece TÃO errado.
Você cresce e as pessoas esperam que você seja responsável, que você nunca esqueça a sua chave e que você estude incansavelmente pra passar no vestibular. Você sabe que precisa muito de responsabilidade, tipo, VOCÊ SABE.
Por que a gente precisa crescer? Por que quando a gente acha que já tá tudo chato o suficiente tem que ficar MAIS chato ainda?
A gente devia poder trabalhar pelo simples prazer de trabalhar, de fazer algo que gostemos de verdade, mas a gente trabalha mesmo pra poder sustentar nem tudo o que gostaria.
Quem estabeleceu que deveria ser assim? Que a gente deveria abrir mão das coisas que a gente gosta, ou que gosta um pouco, mas gostaria de conhecer mais pra poder saber se realmente vale a pena, pra sei lá, simplesmente ter dinheiro pra poder pagar contas, pra comprar umas coisinhas aqui e ali, quem sabe viajar no fim ano coisa e tal... Porque quando a gente cresce é assim que é. Pra única coisa que o dinheiro serve é pra comprar as coisas. E pensando bem... Realmente não se compra felicidade. A gente tem que saber como viver e o que é viver. E o viver das pessoas são totalmente diferente uns dos outros. Talvez seja aí que alguns padrões atrapalhem. Por que um garoto de vinte não pode se apaixonar por uma mulher de quarenta e cinco e simplesmente dar uma foda porque ela é mais velha? Isso é só um exemplo, mas vocês entenderam. E quem falou sobre o amor? Sobre gostar das pessoas? Quem disse isso?
Como era no começo de tudo? Como as pessoas se sentiam? Eu queria realmente saber como foi o como o contato entre as duas primeiras pessoas. Como foi estabelecida a primeira relação social? E qual foi o primeiro amor do mundo? O que as pessoas sentiam, sabe? A verdade sobre tudo isso é que provavelmente antes de tudo surgiu o primeiro desejo sexual do mundo. O que seria o amor na pré-história? Como as pessoas pensavam "nisso"? Deveria ser algo absurdamente impossível de ser entendido.
Talvez o amor nem existisse nessa época. Talvez o amor tenha sido inventado.
O amor foi criado. Mas por quem? Quem disseminou e caracterizou algo que atualmente é o sentimento mais mainstream do mundo? Se você para pra pensar chega a ser óbvia a invenção do amor. E se não for, eu só posso dizer que o amor é algo pra gente civilizada, por mais engraçado que dizer isso pareça.
Dizem que a divergência entre nós e animais é o raciocínio lógico. Logo, só se pode amar quem raciocina. E o amor que todo mundo pensava ser algo tão irracional... Ou se apaixonar seria irracional? Sei lá, os dois. Mas se o amor for algo realmente inventado, ele não existe (dã) e na verdade nenhum de nós possuí a capacidade de raciocinar. Logo somos completamente iguais aos animais. Nada nos diverge a não ser o polegar opositor. A verdade é que tudo gira em torno da atração sexual. NÓS SOMOS COMPLETAMENTE ANIMAIS. E o amor não existe. Talvez tudo que te prenda a uma pessoa é uma interminável atração sexual... Até outra pessoa aparecer.
Eu não preciso nem começar com o amor da pré-história, eu posso começar com o amor na Grécia Antiga. Que porra é o amor?
A verdade é que eu não queria voltar o foco pra isso. É só uma coisa instigante a ser pensada, por menos sentido que faça no momento que eu estou com muito, mais muito sono mesmo. Eu realmente preciso ler o que os filósofos falavam sobre o amor.