O grande buraco que ferve, onde o Mato é Grosso, Brazil

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Definitivamente posso vir aqui agora escrever que sim, muita coisa mudou! Eu mudei! Foram muitas revelações ao longo do último ano, no começo dele. Ai, que bom, finalmente.
Foi um lindíssimo sentimento de "caralho, irmão, as coisas estão finalmente engrenando!!!". Estou bem orgulhosa de mim digitando tudo isso com um grande sentimento de muito orgulho e amor próprio. Mentira, eu tô aqui ENROLANDO pra fazer o estudo dirigido da Paola porque eu sou uma ANTA. EH ISTO.                  

                  (mentira, eu continuo me amando, ok?)

O que eu quero contar é que agora eu sou aquela pessoa que economiza (dentro do possível, não estou devendo nada pelo menos e tenho bastante dinheiro sobrando. MAS NÃO MUITO TÁ HACKERS E LADRÕES?!1???!!? AINDA SOU POBRE), vai na academia (!!!) e se alimenta bem, mas come uns trocinho, porém sem neura. O que eu quero dizer é que estou um pouco mais funcional e tentando colocar mais em prática atitudes e atividades que eu gosto e amo. Essa de escrever desse pergaminho digital é uma delas. Pena que estou fazendo isso num momento INADEQUADO EM QUE EU DEVERIA ESTAR ESTUDANDO PARA TERMINAR O ESTUDO DIRIGIDO.

Mas também queria dizer que aquele relacionamento que eu tinha com o moço das fotos desse blog acabou, cest finni, game over. Foi legal, foi terrível, foi abusivo, foi gostoso, foi doido, me deixou doida, me deixou triste e deprimida, enfim, foi difícil, mas superei. ÉS NÓIS. Paz. Mas não posso dizer que não senti o leite de côco com café remexer um pouco no meu estômago quando li meus escritos dedicados a ele nesse blog. Doeu um pouco. Sei lá, aquilo foi sincero, porra. Também doeu quando eu me sentia sozinha demais. Doía quando ele me magoava profundamente dizendo implícitamente que eu não era boa o suficiente. Era um relacionamento que me doía inteira e não do jeito que eu gostaria. Depois que ele terminou eu chorei, achei que não iria sobreviver, mas lá no fundo eu sabia que era melhor assim. No momento em que acabou me lembro de chorar de alívio, de me sentir livre, de alguém ter achado as chaves das algemas em que ele me prendi e dizer que eu estava LIVRE! Demorou uns dias pra eu de fato me sentir livro, na realidade, demorou muito mais do que dias. A liberdade é um sentimento estranho e é estranho como a gente sente que a perdeu. Sua reconquista é incrível e olha que a minha foi apenas num âmbito mixuruca de um relacionamento amoroso abusivo.

Eis que sei lá. Recomecei comigo mesmo. Sou menos dura comigo mesma, apesar de ainda ser bastante exigente. Preciso tomar cuidado para não tentar me adequar aos outros.
Percebi relendo esse blog que eu me amo, entende? Acho que talvez esse seja o primeiro post em todo o blog de fato positivo em que escrevo assim, sei lá, meio feliz (a grande verdade é que hoje bateu um grande desespero por não ter acabado essa DISGRAMA de estudo dirigido).


Tem dias que eu ainda não me sinto o suficientemente bonita, inteligente e etc para que alguém seja capaz de me amar. Eu paro e fico pensando que ninguém vai se apaixonar por mim porque eu não sou o suficientemente boa. Isso me dói também. Não sei exatamente como me desvencilhar desse tipo de crença, sentimento, nóia. Ainda não tenho as ferramentas para lidar bem com isso. Não sei dizer.
Racionalmente falando eu sei que eu não preciso ser suficiente para ninguém além de mim mesma, eu compreendo isso. No entanto, eu sinto que não existe exatamente alguém que tenha vontade de realmente me conhecer ou interessado por mim. Mas enfim, essa nem é a nóia de hoje. Deixa pra próxima.

Faz uns dias aí que ando me sentindo extramamente burra e incapaz de fazer algo pelo mundo. Não exatamente pelo mundo, mas sei lá, pela minha comunidade. Ou ser capaz de escrever um artigo legal, algo relevante intelectualmente, sabe? Enfim, parece que eu não consigo cumprir minhas obrigações de forma típica tal qual os outros seres humanos. Não sei se é o perfeccionismo que me empata, não sei se é uma preguiça, ou uma mera incapacidade cognitiva mesmo. Que saco. Sinto que não sei o suficiente de nada relevante para conseguir ter um papo legal com alguém inteligente. Não consigo argumentar de forma clara. Às vezes acho que se eu fosse segura das minhas capacidades intelectuais eu não me preocuparia tanto com ser bonita. Pra ser sincera eu nem sei mais se eu me preocupo de verdade com isso. Ai, sei lá.

Suspiro.


Narrador: eis então que ela pressiona o botão "publicar". O texto é automaticamente publicado e a nossa escritora irá em seguida ler seus escritos, só pra adiar mais suas verdadeiras obrigações.

Nenhum comentário:

Postar um comentário